Bandeira do Estado de Minas Gerais |
O território mineiro é conhecido por abranger uma
biodiversidade tanto da fauna quanto da flora, além de ter em suas características
uma enorme diversidade social e cultural. Falar deste Estado brasileiro, de
grande potencial econômico, desde a agropecuária, mineração, industria,
comércio, turismo e artesanato, como pilares, é destacar a suas maiores
riqueza, seu povo e suas histórias.
Minas Gerais completa 300 anos de desmembramento do
território de São Paulo, e neste dia 02 de dezembro, se comemora algo construído
antes mesmo do ano de 1720, a mineiridade. Construída pelas várias Minas
Gerais, desde a cultura caipira oriunda da cultura paulista, nas regiões Sul,
Triangulo e Central, a carioquidade vinda do litoral carioca, presente nas
regiões do Vale do Aço e Zona da Mata, e a cultura sertaneja baiana, na
construção dos geraizeiros, do Norte, Noroeste e Vales do Jequitinhonha e
Mucuri.
Matias Cardoso - MG |
As Minas e as Gerais se completam em uma identidade
plural, do mineiro que fala “Uai”, “Trem”, mas misturada com os diversos
sotaques, costumes, tradições da brasilidade. Talvez seja Minas um recorte da
diversidade Brasileira. Assim como o nome dado a nós brasileiros, nós mineiros temos
nossa identidade ligado a uma profissão. Mas que passou a ter muitos outros
significados ao longo da história.
Claro que temos que refletir os momentos tristes da nossa
história. Que explorou da terra recursos, nossa riqueza e origem de nossa
identidade, mas que trouxe vários impactos ambientais, desde o Brasil colonial,
a tragédia de Mariana e Brumadinho. Explorou da sua gente, dos povos africanos e
seus descendentes na escravização para a produção do café, na pecuária e na
extração das minas de ouro e diamante. Não podemos esquecer-nos do genocídio indígena
desde os bandeirantes paulistas que exploraram esta terra, como Matias Cardoso,
ao agronegócio, que além dos índios, matou e expulsou muitos ribeirinhos, vazanteiros,
geraizeiros, quilombolas, e outros povos e comunidades tradicionais.
Precisamos lembrar-nos de nossas riquezas, mas também de
nosso passado e presente marcado pela exclusão, exploração e violência.
Reconhecer toda esta gente que nos faz orgulho de quem somos, enquanto
mineiros, e todos estes povos quem fazem presente em nossa identidade.
Sim, Minas Gerais é terra do encontro, do pão de queijo,
ou só do queijo, do pequi, da cachaça, frango com quiabo, feijoada, carne de
sol com mandioca, do doce de leite e tantas outras delicias desta terra.
As Minas Gerais das montanhas, da Canastra, da Piedade, do
Cipó, de Serra Nova e tantas outras. Do Rio Doce, Pardo, Jequitinhonha, e o
Velho Chico, que pode ser Opará, e para os nãos íntimos São Francisco mesmo,
que se ramificam entre tantos outros.
Mariana - MG |
A terra das festividades, das religiosidades e da
cultura. Dos reisados, dos batuques, de Nossa Senhora da Piedade e Nossa
Senhora da Imaculada Conceição, com as padroeiras das Minas as Gerais. São João,
Santo Antonio e São Pedro e as festas juninas. Os Doze Profetas de Aleijadinho,
aos mártires de Cristo simbolizadas em cada Cruzeiro erguido ao lado de um cemitério
e uma igreja, na origem de cada povoado e município mineiro, até a morte de
Tiradentes, pintada como a de Cristo, após lutar pela Inconfidência Mineira.
Terra do Clube da Esquina, do Skank, do Grupo Raízes, dos
Cantores, Compositores e Poetas do Jequitinhonha, e tantos outros que construíram
nossa musicalidade. De Andrade, Carolina, Guimarães Rosa e Darcy, que
escreveram nossa história. E não podemos esquecer-nos de Carlos Chagas um marco
de nossa ciência.
Viva Minas Gerias! Viva o Povo Mineiro!
REFERÊNCIAS:
ESTADO DE MINAS. História. Disponível em: https://www.mg.gov.br/conheca-minas/historia. Acessado em: 30/11/2020.
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