19 de fev. de 2018

Canto Poético: Poesia

O poeta é muitas vezes um ser não compreendido, e nesta sua incompreensão é que nos faz pensar ainda mais. A poetisa Célia Krystynne traz em seus poemas varias reflexões de contexto em nossa volta, nos faz todo este sentimento que a poesia proporciona.

Célia Krystynne
A grande pequena poetisa Célia Krystynne natural de Taiobeiras, já é bem conhecida pelos seus poemas. Vencedora de vários prêmios de saraus de poesia na sua cidade natal, a poetisa traz em seus versos reflexões que nos provoca uma reflexão do mundo em nossa volta, mas também nos traz o encantamento das nossas relações e sentimentos ao outro.
O seu poema Poesia, é uma forma de compreender o que para ela a poesia representa, e qual seu papel social. Célia nos leva um provocação desta representação que o poema e o poeta têm na sociedade.


Poesia.

Célia Krystynne
Por: Célia Krystynne

O poeta é um rebelde nato.
Os versos vêm e vão; vão e vem;
Causando-me exuberância
Meio á tanta poesia...

Poesia que conto e me encanto
Ronda e estonteia.
Chega a concluir,
Que o nada é um talvez
De que tudo possa existir.

13 de fev. de 2018

Espaço Musical: Ó Abre Alas

O Carnaval é com certeza um dos maiores símbolos da cultura brasileira. Desde as festividades do Rio de Janeiro, como o berço do samba e do maior Carnaval do mundo, aos blocos de ruas de pequenas cidades do Brasil a fora. E lá no final do século XIX, um ritmo surgiu e caracterizou ainda mais O Carnaval, as Marchinhas de Carnaval. 

Chiquinha Gonzaga
Em 1899, uma canção se tornou a primeira do seu gênero, e símbolo da música popular brasileira, Ó Abre Alas da pianista e regente Chiquinha Gonzaga, foi composta para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro. 
O Carnaval no Brasil teve origem em meados do século XVII, diante a grande influência europeia, que já comemorava o carnaval em várias partes. Mas só foi no século XX, que o Carnaval tipicamente brasileiro se deu forma, e ganhou proporção de "maior espetáculo da Terra".   
E foi com as Marchinhas de Carnaval que o Carnaval foi se popularizando em todas as camadas sociais e culturais brasileiras. Ó Abre Alas, deu espaço e passagem, como a própria canção diz, a este novo ritmo musical.  
Carmem Miranda
A Marchinhas de Carnaval que as primeiras escolas de samba desfilavam pelas ruas do Rio de Janeiro. As Marchinhas tiveram seu grande auge entre as décadas de 1920 até 1960, tendo como grande símbolo a cantora Carmem Miranda. Sendo no final deste período substituídas nas escolas de samba pelo ritmo musical do samba enredo, isto porque saia mais em conta para as escolas. 
Obra: Carnaval de Madureira, 1924
Tarsila do Amaral
Apesar do final deste período de ouro das Marchinhas de Carnaval, elas nunca deixaram de ser a referência da música brasileira, e de serem tocadas e renovadas todos anos, com novas composições, falando de temas atuais do cotidiano. 
Ó Abre Alas de Chiquinha Gonzaga deu a nossa música brasileira uma identidade, e abertura a novos ritmos nacionais que são admirados e cantadas em todo mundo. E fez o Carnaval um símbolo da cultura nacional, desde um cenário midiático, a alegria e diversão dos pequenos blocos de ruas durante o período.  

Confira abaixo a Canção:  

Ó Abre Alas 
Compositora: Chiquinha Gonzaga  

Ó abre alas 
Que eu quero passar 
Ó abre alas 
Que eu quero passar 
  
Eu sou da Lira 
Não posso negar 
Eu sou da Lira 
Não posso negar 
  
Ó abre alas 
Que eu quero passar 
Ó abre alas 
Que eu quero passar 
  
Rosa de Ouro 
É que vai ganhar 
Rosa de Ouro 
É que vai ganhar 

1 de fev. de 2018

Espaço Musical: Jequitivale

A musicalidade do jovem Mark Gladston foi interrompida em 2006, mas deixou para todos do Vale do Jequitinhonha a canção que se tornou um “Hino do Vale”, com todo seu regionalismo, e toda simplicidade.

Verono
Em 2005, o compositor Mark Gladston Nunes e Sousa, ou simplesmente Verono, encantou todos, principalmente do Vale do Jequitinhonha, com uma das mais belas e identitárias canções da cultura do Vale do Jequitinhonha no nordeste mineiro, a Jequitivale.
O jovem graduado em Psicologia natural de Minas Novas - MG, no vale do Jequitinhonha, teve o Rubinho do Vale como um incentivador e padrinho no mundo musical. E em 2005 no lançamento do álbum “Divera”, trouxe a linda canção Jequitivale, que traz a simplicidade do vale do Jequitinhonha, e esta cultura e filosofia característica do vale.
Uma canção que não foi por acaso que em pouco tempo se tornou um “Hino do Vale do Jequitinhonha”, cantada em todos os Festivales, e eventos culturais e sociais no Jequitinhonha. Onde o povo do vale se viu, e sentiu dentro da canção de Verono.
Em um período de 1 ano após seu grande sucesso, Verono acabou falecendo Em 21 de outubro de 2006, em um acidente de carro ao sair da cidade de Virgem da Lapa – MG, o jovem de apenas 26 anos deixou saudades aqueles que admiravam e admiram suas canções.
Mas com certeza nos contemplou com belas canções que nos traz o Vale do Jequitinhonha, valorizando este lugar tão titulado como lugar da pobreza, diante tanta exploração e desvalorização por grupos políticos de interesse nesta pobreza. E mostrando o quanto o Jequitinhonha é rico em uma diversidade cultural e de uma grande biodiversidade.
Painel Identidade Cultural do Jequitinhonha - Marina Jardim 
Confira abaixo a canção:
JEQUITIVALE
Compositor: Verono

Você que anda com o pé rachado e com a palha atrás da orelha
Com a aba do chapéu na testa e se vira da noite pro dia

Você que banha no fanado e que tira ouro de bateia
Que faz da vida uma festa e adora falar poesia

Desculpe seu doutor, mas receba os comprimentos meus
Eu fico com a filosofia do mestre João de Deus

A saudade me maltrata e me faz olhar no calendário
Pra ver se faltam poucos dias pra ouvir o tambor do rosário

Vale que vale cantar
Vale que vale viver
Vale do Jequitinhonha
Vale eu amo você

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