Em 1977 um dos maiores grupos de música regional de Minas
Gerais, o Grupo Agreste, surgia no Festival Universitário organizado pela antiga
FAFIL (Faculdade de Filosofias e Letras), hoje Unimontes (Universidade Estadual
de Montes Claros), na cidade do Norte de Minas, Montes Claros. Com canções que
se tornaram símbolos da identidade catrumana, e da tradicional Festa de Agosto
em Montes Claros. A canção Quebra de
Milho de 1982, traz as características desta identidade cultural, que a
obra do grupo promove, com os valores da ruralidade, e da regionalidade da
cultura baianeira (cultura norte-mineira).
O Grupo Agreste, composto por Pedro Boi, Gutia, Zé Chorró, Sérgio Damasceno,
Tom Andrade, Manoelito, Toninho e Ildeu Braúna, surgiu no Festival Universitário
da Canção Popular organizada pela antiga Faculdade de Filosofias e Letras de
Montes Claros, no ano de 1977. Em um período que a música regional ganhava
espaços em eventos acadêmicos e nos meios de comunicação.
Formado por grandes músicos, entre eles sociólogos, artistas plásticos,
poetas e jornalistas, o Grupo Agreste tem como características o regionalismo
da cultura norte-mineira. Uma mistura do sertão baiano com o sertão mineiro.
Traz a valorização da ruralidade presente nesta identidade cultural, com letras
retratando o cotidiano do interior, e do trabalho ligado ao campo.
Tendo uma valorização da identidade Catrumana,
identidade cultural presente nas diversidades culturais do Norte de Minas, traga
na tese de doutorado, do Professor João Batista de Almeida Costa, Mineiros e Baianeiros: Englobamento,
Exclusão e Resistência.
Grupo Agreste no antigo prédio da FAFIL - Anos de 1970 |
Confira abaixo a Canção:
Quebra de Milho
Compositor/Cantor: Grupo
Agreste
A
terra é a mãe,
isso
não é segredo
O
que se planta
esse
chão nos dá
Uma
promessa
a
São Miguel Arcanjo
Prá
mandar chuva
pro
milho brotar...
Passou
setembro,
outubro
já chegou
Já
vejo o milho
brotando
no chão
Tapando
a terra
feito
manto verde
Prá
esperança do meu coração
Mês
de dezembro,
vem
as boas novas
A
roça toda já se embonecou
Uma
oração
agradecendo
a Deus
E
comer o fruto
que
já madurou...
Mês
de janeiro,
comer
milho assado
Mingau
e angú
no
mês de fevereiro
Na
palha verde
enrolar
pamonha
E
comer cuscuz
durante
o ano inteiro
Quando
é chegado
o
tempo da colheita
Quebra
de milho,
grande
mutirão
A
vida veste sua roupa nova
Prá
ir no baile lá no casarão...
REFERÊNCIAS:
LETRA
TERRA. Quebra de Milho – Grupo Agreste.
Disponível em: https://www.letras.mus.br/grupo-agreste/1540851/.
Acessado em: 07/08/2018.
LETRAS.COM.BR.
Biografia Grupo Agreste. Disponível em: https://www.letras.com.br/biografia/grupo-agreste.
Acessado em: 07/08/2018.
COSTA,
João Batista de Almeida. Mineiros e Baianeiros: Englobamento, Exclusão e
Resistência. Disponível em: chrome-extension://oemmndcbldboiebfnladdacbdfmadadm/http://www.dan.unb.br/images/doc/Tese_051.pdf.
Acessado em: 07/08/2018.
CATRUMANIA.
Grupo Agreste. Disponível em: http://catrumania.blogspot.com/2010/08/grupo-agreste.html.
Acessado em: 07/08/2018.
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