Para falar de festa junina é
preciso ir mais longe do que os três santos católicos que são mencionados,
principalmente São João Batista. As festas juninas são milenares conhecidas nas
crenças pagãs como Festa de Solstício que comemorava os extremos climáticos da
terra, no dia 24 de Junho, mesma data que se comemora São João, é o momento de
agradecer o astro Sol pelo calor que no hemisfério norte é quando a fertilidade
da terra está em alta, e o momento da colheita e da fartura, diferente para
nós, que nessa época é quando se esfria e se torna época boa de ter boas
safras.
No Brasil a festa veio desde
a colonização, os próprios portugueses trouxeram a influência religiosa, as
comemorações de Santo Antônio (13 de Junho), São João (24 de Junho) e Pedro (29
de Junho), mas não ficou só no habito religioso, as danças de roda conhecida na
festa brasileira como quadrilha teve influência francesa que teve no país, os
fogos a cultura oriental vinda dos chineses, as diversidades culinárias vindo
da cultura africana e indígena que sempre esteve na base da cultura brasileira,
além das cores e da alegria desse evento.
Festa do Caipirol da EE Oswaldo Lucas Mendes (Colégião) 2008 |
Muitas tradições das festas
juninas perderam se com o tempo, outras foram acrescentadas, mesmo com essas
mudanças, desse mundo globalizado vistas em quadrilhas misturando desde das
músicas típicas, como o baião, o forró, as músicas de roda e serenatas,
misturando com batidas eletrônicas, passando pelas roupas que não fica mais nos
típicos trajes caipiras e sertanejos, as comidas que não fica mais diante a
colheita da época, derivados do milho,
amendoim, mandioca, cana-de-açúcar, entre outros, acrescentam receitas mais “sofisticadas” como
quentão de morango, doces cristalizados, cervejinha, refrescos.
Mas o mais importante da
festa não se perdeu principalmente no Sertão que por todo lado do sul ao norte,
festeja a alegria, a boa ou não colheita que se deu, o momento de reunir
amigos, familiares e até desconhecidos que invadem as fogueiras, bandeiras e quadrilhas
por ai a fora. Viva Santo Antônio, o santo casamenteiro?! São João Batista o
santo mais comemorado no sertão brasileiro, e São Pedro, santo das fogueiras
das viúvas. Agora é só caça um rumo por ai para tomar um quentão, um chá de
amendoim, uma canjica, uma “quenga” (caldo de frango, e um bom quentão, para
cair no forró e em um quadrilha entra.
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