A religiosidade e a identidade de Taiobeiras, Norte de Minas Gerais, passa pela arquitetura da Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima.
Em meio às tensões em toda Europa durante a Primeira
Guerra Mundial, no ano de 1917, foi na região da cidade de Fátima em Portugal
que surgiu um conforto de paz. Três crianças pastorinhas, Lúcia, Francisco e Jacinta,
vivenciaram no dia 13 de maio, a primeira aparição de Nossa Senhora do Rosário,
que ficaria assim conhecida como Nossa Senhora do Rosário de Fátima, ou
simplesmente Nossa Senhora de Fátima.
Ela trazia aquelas crianças falas de paz diante os
conflitos da guerra, e durante seis meses, todo dia 13, em, exceção o dia 19 de
agosto, ela apareceu as três crianças no local chamado Cova de Iria, nas
proximidades de Fátima, promovendo orações pelo fim da guerra. Sendo a ultima
aparição no dia 13 de outubro, reunindo na localidade uma multidão que foram a
convite feio por Nossa Senhora através dos três pastorinhos, trazendo sua
mensagem de paz e do fim da grande guerra.
Ao longo de mais de um século do milagre de Nossa Senhora de Fátima, sua mensagem de paz, foi levada por todos os cantos do mundo. Em 1957, na cidade de Taiobeiras – MG, que havia apenas quatro anos de emancipação, a imagem de Nossa Senhora de Fátima, vinda diretamente da cidade portuguesa onde o milagre havia ocorrido, chegou através do pedido do Frei Jucundiano, que em sua homenagem ergueu uma capela as margens da pequena cidade do norte do Estado de Minas Gerais.
Com uma arquitetura peculiar, em formato octaedro, a
Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima, que possui vários significados, se tornou
símbolo religioso e cultural de Taiobeiras, sendo um dos principais patrimônios
históricos culturais do município.
Ela não é única em seu formato, mas se torna especial na identidade local, e na representatividade arquitetônica das Minas e dos Gerais. Entre vários significados da arquitetura octogonal, destacam as oito bem aventuranças deixadas por Cristo segundo o Evangelho de São Mateus, e também o formato da Cruz em Cristo, dentro da formação do sinal da Cruz, e da letra X, que em grego refere-se a Jesus Cristo.
Mas na identidade taiobeirense, a Igrejinha e sua arquitetura diferenciada, marca a identidade do pertencimento, o lugar de memória, o afeto a origem e a história de Taiobeiras, no sertão mineiro, e das Gerais da microrregião do Alto Rio Pardo. E ao longo de mais de 70 anos, o município fica em festa durante o mês de Maio, em homenagem a Nossa Senhora de Fátima.