17 de mai. de 2019

Espaço Musical: Bem entendido.

O Dia Internacional Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia se dá no em 17 de maio, como um momento de luta as causas LGTB+ e de um mundo em que o respeito às diversidades e diferenças de gêneros exista por parte de todxs. A data surgiu em 1990, quando o termo “homossexualismo” foi desconsiderado, e a homossexualidade deixou de ser considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde. Em 1974 vários músicos brasileiros promoveram canções em homenagem ao cantor e interprete Edy Star, entre estas canções a música Bem Entendido composta pelos músicos Renato Piauí e Sérgio Natureza.  

Álbum Sweet Edy - Edy Star - 1974
Em 17 de maio de 1990 as comunidades ligadas a causa LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Transexuais, Travestis e outras definições do gênero), conquistaram uma das suas grandes lutas, a de tirar da Classificação Estatística Internacional de Doença e Problemas Relacionados com Saúde (CID) da Organização Mundial de Saúde (OMS) o homossexualismo como uma doença, e retirar o conceito de “homossexualismo”, como se a questão da homossexualidade fosse uma doutrinação ou ideologia, e não uma questão genética e psicológica do indivíduo.
A conquista foi significativa a causa LGBT+, que desde a década de 1960 vem se organizando e lutando por seus direitos em todo o mundo. Apesar da importância da data, a luta no combate a homofobia, bifobia e transfobia, é diária, e em pleno século XXI, os altos índices de violência a comunidade LGBT+ são constantes, no Brasil e no mundo. Por isto existe a grande importância de lembrar as lutas e os direitos conquistados, para derrubar preconceitos e intolerâncias sobre as questões de gênero, destacando as causas LGBT+.
Nos anos de 1970 a luta pelos direitos a comunidade LGBT+ ganharam força, e em
Álbum Sweet Edy - Edy Star - 1974
1974 músicos renomados da música brasileira como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Moraes Moreira, Roberto Carlos e Erasmo Carlos, compuseram várias canções para o álbum Sweet Edy, uma homenagem ao músico e interprete o baiano Edy Star, um dos primeiros músicos brasileiros assumido gay. O álbum se tornou uma referência das causas LGBT+ daquela época, e entre tantas canções destacamos Bem entendido composta pelos músicos Renato Piauí e Sérgio Natureza, um dos grandes sucessos interpretados per Edy, que na gíria da época era uma definição do homossexual, que com o nome bem sugestivo, mostrava a liberdade e a firmeza de assumir a sexualidade.

Confira abaixo a canção:
Bem Entendido
Cantor: Edy Star.
Compositores: Roberto Piauí e Sérgio Natureza.

11 de mai. de 2019

Espaço Musical: Nine out of ten.

Em 11 de maio se comemorara no Brasil o Dia Nacional do Reggae, em homenagem ao eterno Bob Marley. O músico jamaicano um ano antes da sua morte, veio ao Brasil onde já era reverenciado por um grande número de amantes das suas canções. Bob é um grande influente da música brasileira. A canção Nine out of tem, de 1972 do álbum Transa do músico e compositor baiano Caetano Veloso, é considerado a primeira canção de Reggae no Brasil. Tendo como grande inspiração do reggae nacional Bob Marley, entre outros grandes nomes deste ritmo jamaicano, que a cultura brasileira se identificou. 

Caetano Veloso
Em 1968, ano que marcou os movimentos contracura, marcou a história da música, nascia dos estilos musicais do Ska e do Rocksteady em terras jamaicanas um ritmo musical que marcou gerações, o Reggae. Lee “Scratch” Perry, Joe Gibbs e King Tubby foram os grandes nomes da origem deste gênero musical, que foi levado para fora da Jamaica pelo produtor Chris Blackwel, que final da década de 1960 apresentou o Reggae na Inglaterra.
Mas foi na década de 1970 que o Reggae estourou no mundo, após o filme jamaicano Balada Sangrenta (1972) estrelado por Jimmy Cliff, levando na sua trilha sonora o gênero musical, que no mesmo ano chegou no Brasil. No qual Jimmy Cliff veio ao país no Festival Internacional da Canção. Mas o Reggae acabou sendo adorado no mundo todo, a partir o músico, compositor jamaicano Robert Nesta Marley, ou simplesmente Bob Marley, para muitos o maior nome do ritmo musical, e dado como o Deus do Reggae.
Álbum Transa - 1972 - Caetano Veloso
Bob Marley começa sua carreira em 1963, com a banda The Wailers, mas em 1977 com o álbum Exodus, o músico jamaicano se tornou um dos maiores nomes da música do planeta. Influenciando e inspirando músicos em todos os lugares, Marley e o Reggae ganharam aderes no Brasil. A canção Nine out of ten, do músico e compositor baiano Caetano Veloso do álbum Transa de 1972, foi a primeira canção do gênero no país.
A partir de Caetano, do seu eterno companheiro Gilberto Gil, o Reggae começou a fazer parte da música brasileira. Na década de 1980 com a formação da banda Tribos de Jah no Maranhão, o Reggae estourou de vez, fazendo do Estado maranhense a referencia do Reggae no país, e criando uma legião vestidos de verde, amarelo e vermelho, nas cores do Reggae. Em 2012 foi titulado o dia 11 de maio, data que marcou a morte de Bob Marley vitima de câncer, como o Dia Nacional do Reggae, uma bela homenagem ao ídolo e deste ritmo que e reverenciada por gerações.

Confira abaixo a canção:
Nine out of ten
Cantor/Compositores: Caetano Veloso.

I walk down Portobello road to the sound of reggae
I'm alive
The age of gold, yes the age of old
The age of gold
The age of music is past
I hear them talk as I walk yes I hear them talk

I hear they say
"Expect the final blast"
I walk down Portobello road to the sound of reggae
I'm alive

I'm alive, vivo muito vivo feel the sound of music
Banging in my belly
Know that one day I must die
I'm alive
And I know that one day I must die
I'm alive
Yes I know that one day I must die

I'm alive vivo muito vivo
In the electric cinema or on the telly
Nine out of ten movie stars make me cry

I'm alive
And nine out of ten movie stars make me cry
I'm alive

10 de mai. de 2019

Espaço Musical: Vida no Campo.

No dia 10 de maio é comemorado o Dia do Campo, em algumas regiões brasileiras, a data é comemorada no dia 05 de maio. Esta data comemorativa tem como intuito valorizar a produção rural, e o trabalhador do campo, que é o grande responsável pelo sustento da alimentação consumida no mundo todo. O músico baiano Xangai, compôs a canção Vida no Campo como forma de homenagear a suas origens, lá da zona rural de Itapebi – BA. 

Xangai
Historicamente a produção no Campo sempre foi a base da economia brasileira. Do pequeno produtor, o responsável por boa parte dos alimentos que chegam à mesa dos consumidores, ao agronegócio, a agricultura é um símbolo brasileiro. Marcada desde os conflitos sociais e ambientais, além da desigualdade da má distribuição da terra, até a diversidade e a riqueza no território brasileiro, o Campo é um espaço de pertencimento, luta e resistência.
Nos seus aspectos culturais, um país que por quase quinhentos anos concentrou quase toda sua economia, e sua população com características rurais, não pode negar na sua ruralidade a importância do Campo. Assim a data 10 de maio, ou 05 de maio em algumas regiões, é comemorado este espaço geográfico caracterizado pela maior concentração de recursos naturais, e pela simplicidade, apesar dos avanços tecnológicos e as modificações constantes causada nos últimos tempos.   
O Campo traz consigo o lugar do pertencimento, mesmo para aqueles que nasceram e viveram toda uma vida nos espaços urbanos. O cantor, violeiro, ator e compositor baiano Eugênio Avelino, ou simplesmente Xangai, nascido na zona rural de Itapebi no extremo sul da Bahia, as margens do Rio Jequitinhonha, e cresceu nos espaços onde a ruralidade sempre esteve presente.
Álbum: Nós é jeca mais é Jóia - 2007 - Juraildes da Cruz e Xangai 
Com toda sua ruralidade, e pertencimento ao espaço do campo, Xangai compôs a canção Vida no Campo, do álbum Nóis é Jeca mais é Jóia de 2007 em parceria com o músico Juraildes da Cruz. como forma de homenagear a suas raízes e a população camponesa brasileira. Trazendo na canção a simplicidade e o sentindo do que é o Campo para quem tem o pertencimento nele. A “fruta madura” o lugar que “por nada no desse mundo” sairá, refletindo a sua identidade e se lugar de origem. 

Confira abaixo a canção:
Vida no Campo
Cantor/Compositores: Xangaí.

O galo cantou, é de manhã
A barra do dia, dourada vem surgindo
Clariô
A passarada acorda fazendo festa
A natureza sorrindo

A vida no campo é fruta madura
Amizade é coisa pura, é mel no coração
Gado no curral, cuscuz com leite
Café com queijo, eu gosto é de um requeijão
Vou lhe falar: não troco essa vida
Por nada desse mundo
Não saio desse lugar

Quando é meio dia
A cigarra enche o mundo de som
Na maior alegria
Anoiteceu
Na prosa do "cumpade", o bezerro
Foi a onça quem comeu

A vida no campo é fruta madura...

1 de mai. de 2019

Canto Poético: 1º de Maio.


A data 1º de maio se tornou no mundo a data da luta da classe operária, após o ato de uma greve geral em 1886 realizada pelos trabalhadores das fábricas em Chicago nos Estados Unidos diante a exaustiva jornada de trabalho na época Tal ato se tornou um símbolo da luta operária no mundo, sendo adotada pelas linhas sindicais e partida da esquerda na garantia e luta dos direitos da classe dos proletariados. O Cordel 1º de Maio, do cordelista e sociólogo Nando Poeta traz a reflexão do Dia Internacional do Trabalho e da luta de classe.

Nando Poeta
Segundo Karl Marx (1996), “a história de toda sociedade até hoje é a história da luta de classe”, a luta de classe para o filósofo alemão envolve o conflito entre a classe dominada diante a classe dominante. E o 1º de maio é um dia de compreender esta luta de classe na sociedade capitalista. Envolvendo as classes burguesas (os capitalistas, dominante) com a classe dos proletariados (os trabalhadores, dominados), dentro da concepção do marxismo dialético.
Em 1º de maio de 1886 na cidade de Chicago nos Estados Unidos, a classe operária organizou uma grande greve, parando a cidade e principalmente as fábricas, para exigir uma diminuição da carga horária de trabalho de 13h exaustiva, para 08h. Esta manifestação que incomodou o poder econômico estadunidense, provocou grandes mudanças nas legislações trabalhistas não só nos Estados Unidos, mas em todo mundo.
A partir do feito, a data começou a ser comemorada, e se tornou símbolo da luta dos trabalhadores operários, organizados pelos sindicatos, e por partidos políticos socialistas ligados a causa da classe trabalhadora. Em 1889 foi realizado um Congresso com trabalhadores de vários lugares da Europa e do próprio Estados Unidos, instituindo o 1º de maio como o Dia Internacional do Trabalho, realizando neste dia uma grande greve geral, para refletir e lutar pelos direitos a classe. No Brasil os atos dos operários deu inicio no ano de 1917, com uma grande greve geral, e se instituiu o dia 1º de maio como feriado em 1924, durante o governo de Artur Bernardes.
O poeta, cordelista, professor e sociólogo Nando Poeta, natural de Natal-RN, traz como reflexão ao Dia do Trabalho, ou Dia do Trabalhador, como ficou sendo chamado no governo Vargas, da luta da classe desde os Mártires de Chicago, a canção A Internacional considerada o hino da luta operária em todo mundo, do operário poeta francês Pottier (1816 - 1887), e do operário músico belgo Degeyter (1848 - 1932), no seu cordel 1º de Maio.
Um cordel rico de detalhes, desde fatos históricos a reflexos da luta pelos direitos trabalhistas conquistados diante a classe trabalhadora. Trazendo também os desafios da atualidade, e a importância das conquistas diante muita luta. Nando Poeta, quando escreveu o cordel 1º de maio em 2009, não imaginava o quanto em menos de uma década depois, as ameaças das conquistas diante os direitos trabalhistas seriam tão intensas. Por isto a luta sempre deve continuar, principalmente diante tantas ameaças a luta e aos direitos dos trabalhadores.

1º DE MAIO
Por: Nando Poeta.

Nosso Primeiro de Maio
Homenageia a memória
Dos Mártires lá de Chicago
Que nos encheram de glória
Por lutar por mais direitos,
Fazendo parte da história.

Foi nos Estados Unidos
Na cidade de Chicago
Um pólo industrial
Onde máquina faz estrago
Extraindo do operário
O trabalho nunca pago.

Doze horas no trabalho
Era a jornada diária
A condição no emprego
Extremamente precária;
Na pobreza e na miséria
Vivia a classe operária.

Trabalhadores forçados,
A uma longa jornada.
Patrão sugava o sangue,
A sua força explorada
Capitalismo usurpando
Terra, trabalho, morada.

Tudo que é produzido
Cai no bolso do patrão
Pois a força de trabalho,
Baixa remuneração
Miséria e desemprego
É barbárie de montão.

Foi no século dezenove (1886)
No ano de oitenta e seis
Bem forte a greve geral,
Explode mais uma vez
Operários vão à cena
Foi maio escolhido o mês.

Os operários cansados
Da superexploração
Travaram dura batalha
Juntos foram para ação
Da jornada de trabalho
Desejavam redução.

Os patrões sempre sugaram
Extraindo a mais-valia
Salários são rebaixados
Como aposentadoria,
O descanso semanal
Chega a ser uma ironia.

Só oito horas por dia
Seria o suficiente
Por isso vão para as ruas
De forma bem consistente
Convictos de seu direito
Na luta seguiram em frente.

Diante de uma fábrica,
A polícia disparou.
Cinquenta foram os feridos
E meia dúzia tombou
Entre guardas repressores
Uma bomba estourou.

Soldados atordoados
Bala em manifestantes
Espancar, pisotear
Trabalhador, estudantes
Centenas morreram logo
Do lado dos caminhantes.

Com repressão da polícia,
Mortes, prisões e feridos
O sangue foi espalhado
Muitos gritos e gemidos
Trabalhadores tombaram
Com morte foram punidos.

Acusaram lutadores
Por ter matado soldado
Criminalizando a luta
Atacando um único lado
Impuseram à caça as bruxas
Usando a força do Estado.

Afirmaram que a polícia
Teve baixa em sua tropa
Colocam culpa na luta
Querendo cortar a copa
Justificaram o massacre
E as ruas o sangue ensopa.

A imprensa dessa época
Já era reacionária
Incentivou repressão
A toda classe operária
Encobrindo os ataques
Da polícia ordinária.

Chicago Times afirma
Que a saída é a prisão
E o trabalho forçado
Até última geração
Para questão social
É a única solução.

O New York Tribune
Defendia a força bruta,
Xingava o trabalhador,
Ameaçando sua luta
Estimula a repressão
Em cima de quem labuta.

O Massacre de Chicago
Sempre forte na lembrança
Simbolizando a luta
De quem tem a esperança
De que o Socialismo
Virá pra trazer bonança.

Como Mártires de Chicago,
Ficaram assim conhecidos,
No seu exemplo de luta
Jamais serão esquecidos
O seu caminho trilhado
São passos pra ser seguidos.

A frente dessa batalha
Oito foram condenados
Lutadores por justiça
Alguns até enforcados
A chama da grande luta
Acendeu com os executados.

Parsons, Engel e Fischer
Líderes desse movimento
Mais o Lingg e o Spies
Passaram por sofrimento
Deles, quatro foram à forca
Por um falso julgamento.

Fieldem e Schwab tiveram
Pena máxima na prisão
Neeb por quinze anos
Condenado a detenção
Processos foram forjados
Tudo invenção do patrão.

Cantando a sua luta
Naquele forte momento
Esses quatro firmemente
Mantiveram o firmamento
De que a luta operária
Vencerá o sofrimento.

Parsons faz o discurso,
Em prol do trabalhador:
“A farsa da patronal
Traz o sofrimento e dor
Que as forças sociais
Combatam o explorador.”

Diz que a propriedade
É privilégio de poucos
Com produto do trabalho
Burgueses ficam tão loucos
Fechados na fortaleza
Eles não ouvem, são moucos.

Spies em sua defesa
Falou no enforcamento
“Vocês pensam em destruir
Operário e o movimento
Apagaram uma faísca,
Segue o fogo em crescimento.”

“Estrangulam-nos agora,
Mas virá logo a sentença.
No poder do operário”
Jogamos a nossa crença
Na luta e no movimento
Queremos que o povo vença.

O Lingg suicidou-se
Não aguentou a pressão
Mais uns seis anos depois
Tudo teve anulação
E os três sobreviventes
Foram soltos da prisão.

As origens do Primeiro
De Maio teve o sangue
Derramando pelas ruas
Por burguês e sua gangue
Atiraram em todo mundo
Parecia um bang-bang.

Socialistas em Paris
Aprovaram no seu plano
Junto a Federação
Do Trabalho Americano
Que o Primeiro de Maio
Se celebre a cada ano.

O movimento operário,
É na luta pioneiro.
Celebra já do início
De Maio, o dia primeiro
Apresentando bandeiras
Ao povo do mundo inteiro.

No Brasil toda essa luta
Teve um eco profundo
Os lutadores daqui
Juntaram-se aos do mundo
Construíram forte ato
Contra o capital imundo.

Curitiba, POA, Santos,
São Paulo, Rio de Janeiro
Em todas essas cidades
Foi quem fizeram primeiro
A essa luta somou-se
O lutador brasileiro.

Daí Primeiro de Maio
É o dia de protesto
Em todo nosso planeta
A luta é o manifesto
Trabalhadores do mundo
É gente, não é o resto.

Dia Primeiro de Maio
É o símbolo de combate
Guerra a todos senhores
Para nunca dá empate
Derrotar suas políticas,
Pra que nunca mais nos mate.

Primeiro de Maio é
Feriado nacional
A burguesia propõe
Pra ser data oficial
Transformando esse dia
De festa com patronal.

Festa, sorteio e show
É o ato governista
Movimento independente
Deve ter ato classista
Marchando por todo mundo
É internacionalista.

Todas as centrais pelegas
CUT, FORÇA SINDICAL
Fazem suas megafestas
Com verba da patronal
Patrocínio de governos
Para o ato oficial.

Todo Primeiro de Maio
Dia do trabalhador
Todos devem ir às ruas
Pra mostrar o seu valor
Conquistando mais direitos,
Enfrentando o opressor.

Nesse Primeiro de Maio
Os operários franceses
Os afros e brasileiros
Unidos aos camponeses
Reafirmando a luta
Como se fossem ingleses.

Trabalhadores uni-vos
Os que estão imigrantes
Sem registro em carteiras
No mundo são uns andantes
Os que trabalham efetivos
Lutando estão confiantes.

Oito horas de trabalho
Nando Poeta
Oito de lazer, estudo.
São mais oito para o sono
Porque o descanso é tudo
Não é sonho essa jornada
Quero grande e não miúdo.

Ao longo de nossas lutas
Companheiros sucumbiram
Já tivemos muitas baixas
Muitos colegas partiram
Homenagear a todos
Pra luta que garantiram.

O Capitalismo em crise
Vai sugar do operário
Construir Socialismo
Não caia no imaginário
Construa esse caminho
Para um mundo igualitário.

A marca do movimento
Para a mobilização
É denunciar ataques
Os cortes, a demissão
Bandeira socialista
Virá com revolução.

É o Primeiro de Maio
Que em todo o planeta
Trabalhadores unidos
Escreve com sua caneta
E com a tinta da luta
Derruba patrão e treta.

O Vladimir Maiakovski
Falou “sou um camponês;
Sou operário, sou ferro,
O mês de Maio é o mês”
É dia de luto e luta
Nossa voz e nossa vez.

Todos “unidos, façamos”
E “nesta luta final”
Em “uma terra sem amos”
“A internacional” *
Que esse hino operário
Cantemos como um jogral.

Nesse belo mês de Maio
A chama da luta é forte
Não aceitamos a morte
Diante dessa não caio
Operário nem que o raio
Parta rachando a cabeça
O burguês que se esqueça
E saiba que a vitória
Trará mudança à história
Até que opressor emudeça.

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