Foto: Folha Regional - Área de tratamento de água da COPASA |
Quero deixar aqui uma
realidade através da música Sobradinho da banda Biquine Cavadão, que traz uma
crítica forte às mudanças feitas do ser humano com a natureza que vem
destruindo o meio ambiente. Aqui em Taiobeiras vivemos muito forte o que relata
essa música, como a destruição do rio Santana e Ribeirão, afluente do rio
Pardo, com a drenagem do rio que transformaram o rio em arroios de enxurrada em
períodos de chuva, quando tem água por ali.
Foto: Folha Regional - Barragem de Berizal |
E a Barragem de Berizal que
vem sendo um crime ambiental e social disfarçado de solução para a seca, sendo
um projeto sem projetos claros a população e principalmente aos moradores da
região onde pelo projeto será atingida pela barragem, onde se encontra em sua
maioria pequenos produtores que vivenciam o que trata a letra dessa canção que
muita gente canta sem perceber a realidade que se trata nela.
Outro ponto é a transposição
do rio São Francisco, que vem sendo defendido por muitos como a solução da
seca, mais uma jogada de interesses econômicos do que a solução da seca e
miséria na região nordeste, inclusive esse projeto pode ser criador de mais
miséria ainda, como exemplos de rios que fizeram transposição como o rio
Colorado entre Estados Unidos e México que veio a secar e perder seu valor
produtivo com a diminuição de peixes e dentro da produção agrícola também.
Foto: MAB - Atividade com Trabalhadores Rurais de Idaiabira |
Quero aqui deixar minha admiração
ao Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, que luta pela água nossa, questionando
“água para que, e para quem” em seu lema, levando à população a conscientização
de sustentabilidade, e como vem sendo o processo de privatização da água, e má utilização
dela em uma região que a escassez de chuva castiga a todos nós.
Sobradinho
(Biquine
Cavadão)
O homem chega e já desfaz a natureza
Tira a gente põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá prá cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia
Do beato que dizia que o sertão ia alagar
Tira a gente põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá prá cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia
Do beato que dizia que o sertão ia alagar
O sertão vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Na na na na na
Na na na na na
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Na na na na na
Na na na na na
Adeus remanso, casa nova, sento-sé
Adeus pilão arcado vem o rio te engolir
Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o gaiola vai subir
Vai ter barragem no salto do sobradinho
E o povo vai se embora com medo de se afogar.
Adeus pilão arcado vem o rio te engolir
Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o gaiola vai subir
Vai ter barragem no salto do sobradinho
E o povo vai se embora com medo de se afogar.